Diego Rodrigues escreveu:
se fosse um carro carburado, acho que essa técnica seria pior ainda, pois o fato de você mergulhar o pé no fundo injeta mais combustível que o necessário. digo isso por experiência própria com meu ex-6 canecos. ao pisar gradualmente no acelerador a quantidade de combustível injetado vai aumentando conforme a aspiração de ar. mas caso você dê uma pisada rápida (não importa se só um pouco ou até o fundo) uma quantidade extra de combustível é injetada. quando eu arrancava com o opala, no giro baixo o ideal era manter pouco pé no acelerador no início e ir acelerando o pé com leves "quicadas" pra injetar um extra. no alto giro, chegando perto do limite, quando o carro começa a diminuir a velocidade de subida de giro eu dava mais umas quicadas e dava pra perceber a resposta do motor...
...também acredito que a injeção eletrônica manda sempre a quantidade de combustível ideal para o motor não morrer por falta de gasolina ou embolar por excesso. acho que a velocidadeXrotação é quem vão definir essa mistura e não a abertura da borboleta...
Diego, essa injetada que o carburador dá é feita pela bomba de aceleração rápida. Essa quantidade de combustível extra é necessária, sem ela o carro dá falta na hora que pisa. A injeção faz exatamente a mesma coisa quando se dá uma pisada rápida no acelerador. A principal função do sensor de posição da borboleta (TPS) é justamente informar uma aceleração brusca para que a central aumente o tempo de injeção naquele instante.
Sobre a melhora na resposta do motor do Opala quando dava umas "quicadas" em giro alto, acontecia porque a regulagem do carburador não estava feita para potência máxima (mistura mais rica), muito provavelmente foi feita uma regulagem visando equilíbrio entre potência e consumo. Na injeção você pode unir o melhor dos dois mundos num mesmo mapa
As variáveis que definem a quantidade de combustível correta para o motor são o sinal de rotação e o sinal do sensor MAP(pressão do coletor) ou MAF(fluxo de ar), sendo este menos comum. O mapa base é bidimensional, levando em conta essas duas variáveis, mas há várias outras variáveis que "desviam" os valores, como temperatura do ar da admissão, temperatura da água, velocidade (em alguns modelos), etc.
