Vixe a lista é grande... No mês passado tirei a tampa do distribuidor p visualizar e vi que o isolador da bobina está totalmente esfarelado e tem até ferrugem, rsrsrs! Mas continua funcionando e só vou trocar quando queimar, já q tenho um distribuidor de reserva.
Arnaldo
O pessoal está com tanto medo desse tal módulo HEI que estão surgindo as causas mais mirabolantes para justificar a queima prematura desse componente.
Uma dessas hipotéticas causas é a bobina de pulsos, comumente chamada de impulsora. Ela é um gerador de corrente, ao cruzar os polos da aranha, quando o distribuidor gira, é gerado no seu enrolamento uma voltagem de 1,3 volt, mais ou menos. A corrente gerada no sistema do carro, pelo alternador, não tem acesso a ela. Se tivesse, certamente queimaria a bobina e o HEI, visto que o HEI recebe essa corrente de baixíssima tensão para transformá-la em uma corrente de onda quadrada e queimaria essa parte do circuito se recebesse os 14,5 volts do sistema.
Por outro lado, aquele esfarelamento do papel de proteção da bobina não quer dizer nada. Meu Monza anterior, um GLS 2.0 94/95, durante todo o tempo em que fiquei com ele, de 1998 até 2005, todo esse tempo com aquele papel esfarelado, nunca queimou módulo HEI nem falhou a ignição. O que isola o enrolamento da bobina de pulsos é um esmalte isolante que cobre os fios (quem conhece elétrica e eletrônica saberá o que estou falando).
No meu Monza atual, um GLS 2.0 94, tudo estava bem, módulo HEI perfeito, carro com 18 a 19 anos de uso, quando li aqui no fórum sobre o tal papel desmanchando, e as recomendações de substituir a bobina, etc, etc.
Demorei a decidir, e um dia comprei uma bobina nova e meti-me a trocar a velha.
Precisei dar tanta pancada no pino do eixo do distribuidor (estava muito emperrado) que acabei prejudicando o distribuidor. A partir daí o contato físico entre suas partes ficou prejudicado. Pouquíssimo tempo depois o HEI começou a dar problemas. Eu ligava o motor normalmente mas depois de rodar uns 40 Km o motor morria e não pegava mais. Eu chamava o reboque, trazia o carro para casa e no dia seguinte ele pegava normal. Saía com ele para estrada, e depois dos benditos 40 Km, pane novamente.
Substituí o HEI, e repeti isso mais 4 vezes. O primeiro foi um Magneti Marelli (o Delphi custava mais do que o dobro, 85 reais do Maretti contra 195 do Delphi.
Durou pouco. Aí resolvi comprar um Delphi fabricado nos Estado Unidos. Durou menos que o Marelli. Comprei então um Delphi fabricado no Brasil. Durou pouco. Fiquei P da vida e comprei um de 39 reais, marca E-Klass ou algo assim, Durou o dobro do Marelli.
Um dia o motor não quis pegar e fui logo trocando o HEI. Já tinha perdido totalmente a confiança nesse componente. Não era ele a causa.
Atualmente tenho um HEI Magneti Marelli novo no porta malas, um outro sem marca que tirei de um distribuidor Xing ling que comprei, e ando sem confiança no Monzão. Para falar a verdade eu perdi a conta de quantos HEI troquei e quais as marcas já usei.
Sobre pasta térmica, acho exagero isso de tirar o HEI para trocar a pasta térmica. O Hei do meu carro, o original, que durou quase 20 anos, não tinha pasta térmica nenhuma. Acho que no tempo em que foi fabricado não se usava isso. A pasta, uma vez bem colocada, não precisa ser substituída. A única função dela é preencher alguma irregularidade das faces do HEI e do seu alojamento no distribuidor, que precisam estar bem lisas, para que o calor dissipe bem. Outra coisa que precisa ser olhada é aqueles dois orifícios que tem no distribuidor, os quais possuem duas telinhas. As telas precisam estar limpas, pois é por ali que o ar circula dentro do distribuidor. O ar quente sai pela telinha superior e o ar menos quente entra pela inferior.
Mas acredito que o maior problema seja mesmo a falta de qualidade dos módulos atuais. Meu Monza não tem nenhum problema de excesso de voltagem ou coisa do gênero no alternador, os cabos de vela sempre estão em dia, não há fuga ou qualquer outra coisa, nunca usei chave de fenda para testar bateria (outra coisa que só estraga a bateria, mais nada) e precisei trocar um monte de módulos em poucos anos.
Sobre o caso da chupeta, a recomendação de não se conectar as duas baterias cabo a cabo é para evitar centelhamento perto daquelas saídas de alívio das baterias, pois durante uma carga rápida, com a que acontece quando se liga duas baterias, é gerado hidrogênio na bateria que recebe a carga. É só questão de segurança.
A solução de alguns membros aqui do fórum, de posicionar o módulo HEI longe do motor, em lugar ventilado, me parece ser um bom paliativo nessa questão.
Abs