matheusrsouza escreveu: ↑22 Out 2019, 21:54Analisando as curvas de potência, a mesma coisa. Até os 4.000rpm o motorzinho 1.4T do Cruze nunca entrega menos potência que o grandão 2.5. E só começa a perder para ele depois disso (porque a concepção do projeto privilegia a baixa/média, para agradar a maioria de nós no uso diário do carro, em detrimento da potência em alta).
Pior que é uma coisa tão logica, que é difícil compreender pq os caras não entendem.
Eu acho que é preconceito.
Mas ainda bem que isso muda instantaneamente. Basta a pessoa dirigir um pela primeira vez que se surpreende na hora.
Tenho exemplos práticos na família.
Ano passado, um parente estava para pegar um Yaris (motor 1.5 aspirado e câmbio CVT, que completo, custava algo perto de 80.000 dinheiros). Eu comentei para não deixar de fazer um test-drive no Polo, que embora eu achasse mais feio (design VW nunca foi primoroso... Para mim, toda a linha tem "cara de Gol"... rsrsrs!), com certeza se sentiria muito melhor na condução.
Eu o acompanhei nos dois test-drives. Odiei com todas as minhas forças o comportamento do motor+câmbio do Yaris... Se eu tivesse que andar naquilo todo dia, morreria de raiva.
Aí, não deu outra. Comprou o Polo TSI Highline, que completo, com aquele painel digital (que eu acho maravilhoso) e tudo mais, ainda saiu uns 10.000 mais barato que o Yaris, porque a Toyota não dava nenhum desconto, nem para CNPJ.
Sei que ainda assim é caro, concordo que um Polo não deveria custar mais de 70 paus, etc. Mas o que comentei na época (e se procurarem nos fóruns que participo, vão achar isso por escrito) era que a GM estava dormindo e o Polo reinaria soberano neste segmento do mercado, já que não tinha absolutamente nenhum concorrente a altura, na mesma faixa de preço.
O Onix antigo, com motor 1.4 aspirado + cambio automático (conjunto muito fraco para o porte do carro, na minha opinião), na versão LTZ, custava na época uns 65.000 dinheiros.
E por esta grana já pegava um Polo TSI bem completinho. Por pouco mais, já pulava para a versão Highline.
Agora com o lançamento do Onix Hatch 1.0T pelos mesmos preços do antigo (ok, eu sei que no antigo eles já estavam aplicando descontos em cima dos preços de tabela e no novo ainda não. Mesmo assim, a GM chegou atrasada na briga, mas veio para disputar a liderança deste segmento com certeza).
Ah! E só para esclarecer, este parente não tem nem de longe um perfil de alguém que busca esportividade. É uma pessoa com seus mais de 70 anos (e eu nunca canso de repetir 1.0T NÃO É E NEM FOI FEITO PARA SER ESPORTIVO! Mas já tem um monte de mané chamando Onix de "foguete" no YouTube... Ai, ai... kkkkk!).
Vc chegou num ponto interessante, vc que é entendedor, como fica esses carros pra andar na rua, com upgrade de turbina?
Recentemente o dudu do backstage trocou a turbina do up dele, parece que o carro fica bem arisco pra andar na cidade.
Não tive oportunidade de andar num desses ainda. Mas até pela lógica, é fácil perceber que você faz uma troca, de mais rendimento em alta por menos em baixa.
A turbina funciona como um "cata-vento". Ela não é ligada a nada no motor diretamente (correias, como um compressor do tipo "blower", por exemplo). Ela é impulsionada pela passagem dos gases de escape pelas "pás de sua hélice" (sendo mais didático do que técnico).
As turbinas modernas para motores gasolina/etanol giram na faixa de 120.000 a 200.000 rpm (não escrevi errado, cento e vinte a duzentas mil rpm).
Então, quanto maior ela for, mais pesada ela for (e dependendo até do formato de suas pás, etc), ela vai levar mais tempo para sair da inércia e atingir esta rotação.
Aí vem o lag maldito.
Então, imagina que você tem um carro de 1.200kg, movido por um motor 1.0 aspirado (e câmbio automático, para piorar a situação).
Sim, aspirado. Porque até que a turbina atinja rotação suficiente para começar a gerar pressão positiva no coletor de admissão, é o que você vai ter.
A baixa dele (saída do semáforo, etc), deve virar uma inhaca daquelas. A condução em condições normais (trânsito diário, pisando de leve no acelerador, deixando o motor sempre girando baixo) certamente deixa de ser prazerosa.
Depois que a turbina já estiver embalada, aí tudo bem (se você for usar o carro só para trackdays, por exemplo, onde está a maior parte do tempo com motor girando acima de 4000rpm e com pé afundado no acelerador), o efeito disso fica minimizado.
Nos carros dos YouTubers, mesmo que digam que as retomadas ainda são boas, é preciso ver que eles estão na maior parte do tempo com pé no fundo do acelerador e com o motor girando alto (redução de marcha e pé no porão). Aí o lag talvez incomode menos do que quando a sua tia for tirar o carro da vaga, na porta da escola de sua filha.
São soluções diferentes, para propósitos diferentes.
