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danilo-sn escreveu:o meu é um 92 1.8EFI original alcool qtos cavalos ele tem pq eu nem sei no meu doc nao marca nada dessas coisas?

Dá uma olhada direitinho, todo documento marca as cilindradas do veículo.

André Barros escreveu:
Dá uma olhada direitinho, todo documento marca as cilindradas do veículo.

A cilindrada do carro é a capacidade volumétrica do motor. Resumindo, se o carro é 2.0, 1.8, 1.6.
Estão discutindo aqui a potência do motor, ou seja os CV's ou HP's.

Só pra dar um exemplo: No meu ex-monza constava no documento 110CV. Era um SL/E 2.0 EFI 1993. No meu Astra (um GL 1.8 MPFI 2001) consta no documento 110CV, mas no manual diz que ele tem 100,5CV. :smt023

Desculpa, eu falei cilindrada, errei a palavra ! porém no documento do veículo também mostra quantos cavalos de potência tem o motor.
Dá uma olhada na foto abaixo que você vai encontrar.

A capacidade em cavalos é a potencia que o motor desenvolve na rotação especificada no manual (geralmente 5500 RPM), ou seja, quando o veículo está em perfeitas condições de manutenção, em 5ª marcha e na rotação especificada ele irá desenvolver a potência especificada. Abaixo disso ele fica nas "posições intermediárias" (qualquer potência abaixo da especificada no manual).

Quanto ao caso citado no início do tópico, antigamente (acho que é até hoje funciona assim), o imposto era calculado em cima da potência (em CV) do veículo, sendo, 100 CV um limitante. A maioria das montadoras se utilizava deste "artifício" para pagar um imposto mais baixo e, consequentemente, oferecer o automóvel com um valor mais baixo no mercado. o Ideal para saber a potência (medida) do automóvel é verificar se houve alguma publicação de revistas (Autoesporte, Quatro Rodas) da época do lançamento. Geralmente, essas revistas "desvendam" alguns artíficios divulgados pelas montadoras.
Outro fator (mais conhecido) é que um motor a álcool é mais potente do que o motor a gasolina.

Nos automóveis mais antigos (Década de 90) a diferença entre os modelos a álcool e gasolina era mais "gritante". no seu caso, a linha do monza 2.0 a GM sempre divulgou: Gasolina 99 CV; Álcool 110 CV. Acredito que toda essa diferença seja apenas o "artifício" citado acima, pois, 11 CV é muita coisa para um motor semelhante. O que varia nestes motores é a taxa de compressão. O motor a gasolina tem uma taxa de compressão de 8,8/1 enquanto o a alcool tem a taxa de compressão de 12/1. O fato de vc usar alcool no lugar da gasolina não altera essa compressão. Vc apenas tem um combustível que é subutilizado, pois, o alcool aguenta mais compressão (e poderia liberar uma potência maior). Caso semelhante ao seu é o do GNV. O GNV suporta compressão de 18/1 (motor diesel) e é usado em motores a gasolina (com a taxa de compressão que é a metade) e o motor a alcool (ta aí a explicação para os motores a alcool trabalharem melhor com o GNV).

Só para explicar, a taxa de compressão é a redução de volume em relação ao volume original. Por exemplo, no caso do seu motor 2.0, cada cilindro (quando o pistão está no ponto mais baixo) tem um volume de 500 cm3 (somando os quatro vc tem 2000 cm3, logo, 2.0L). No caso do seu motor (original a gasolina - compressão 8,8/1) quando o cilindro estiver no ponto mais alto ele terá um volume 8,8 vezes menor em relação ao original, 56,81 cm3, ou seja, o que antes era um copo de 500 ml agora se "transformou" em um copo de 56 ml (um copinho de café). No caso do motor a alcool o volume no ponto mais alto é de 41,6.... daí dá para ver a diferença de potência.

O documento não serve como referência, eu já tive carro onde marcava 0cv no documento.

No Brasil, muitas leis 'burras', feitas por quem não entende as coisas e não pede assessoria decente, fazem com que surjam fraudes ou discrepâncias difíceis de explicar.
Como disseram aí em cima, a taxação sobre os carros (IPI) baseada em potência (hoje é baseada na cilindrada e também, adicionalmente, em potência) fez com que muitas fábricas colocassem limitadores nos carburadores, como ocorreu com os Monzas à gasolina que saíram de fábrica em determinada época, ou mesmo a declaração de alguns cavalos a menos no papel (fraude).
Segundo um mecânico que respondia a perguntas sobre Monza no site do Monza Club, acho que o nome dele é Nishimura (ou coisa parecida, os nomes japoneses são parecidos pra mim), se tirarmos um limitador no carburador desses carros obteremos em torno de 6CV de potência a mais.
Já no caso do álcool, não me lembro direito, mas talvez seja por isso que os motores a gasolina forneciam 99 CV e os à álcool 110, como citaram lá em cima. Talvez os movidos à álcool não precisassem do tal redutor de potência, pois a taxação para álcool poderia ser diferente.

Alguém se lembra do Dodge V8, que tinha 198 CV (ou HP, não lembro agora o que usavam na época)?
Carros com mais de 200 CV pagavam mais imposto! :smt017

Abraços

Luiz Carlos (Rio) escreveu:No Brasil, muitas leis 'burras', feitas por quem não entende as coisas e não pede assessoria decente, fazem com que surjam fraudes ou discrepâncias difíceis de explicar.
Como disseram aí em cima, a taxação sobre os carros (IPI) baseada em potência (hoje é baseada na cilindrada e também, adicionalmente, em potência) fez com que muitas fábricas colocassem limitadores nos carburadores, como ocorreu com os Monzas à gasolina que saíram de fábrica em determinada época, ou mesmo a declaração de alguns cavalos a menos no papel (fraude).
Segundo um mecânico que respondia a perguntas sobre Monza no site do Monza Club, acho que o nome dele é Nishimura (ou coisa parecida, os nomes japoneses são parecidos pra mim), se tirarmos um limitador no carburador desses carros obteremos em torno de 6CV de potência a mais.
Já no caso do álcool, não me lembro direito, mas talvez seja por isso que os motores a gasolina forneciam 99 CV e os à álcool 110, como citaram lá em cima. Talvez os movidos à álcool não precisassem do tal redutor de potência, pois a taxação para álcool poderia ser diferente.

Alguém se lembra do Dodge V8, que tinha 198 CV (ou HP, não lembro agora o que usavam na época)?
Carros com mais de 200 CV pagavam mais imposto! :smt017

Abraços

Nesta época, o que tinha de carro com 99cv (declarados)...
Depois mexeram nas aliquotas, alterando para 127cv. E tinha vários com 127cv (declarados).
Era 198cv brutos. Depois padronizaram a forma de medição, chamada de SAE (na verdade a SAE padronizou a metodologia de medição). Nestes 198cv brutos, o motor não virava nenhum acessório, nem bomba d´água, nem alternador, nem bomba da direção. Na potência SAE, o motor ia para a bancada com todos os acessórios.