NOS DIAS DE CHUVA NÃO MERGULHE COM O SEU MONZA
Enviado: 24 Dez 2013, 10:30
NOS DIAS DE CHUVA NÃO MERGULHE COM O SEU MONZA
Em todos os verões, chuvas torrenciais costumam provocar enchentes nas mal estruturadas cidades brasileiras. E, nas cenas assustadoras de alagamentos pela TV, volta e meia aparecem carros boiando em ruas transformadas em rios. Alguns motoristas corajosos até conseguem superar alguns trechos com alagamento sem o carro apagar no meio da água.
A surpresa do temporal, para-brisa acionado na velocidade máxima, um alagamento possivelmente transponível à sua frente e um enorme trânsito pressionando às costas, para fugir daquela região... É a chance de mostrar habilidade no trânsito e tentar ultrapassar com segurança: desligue o ar condicionado para que o carro não perca potência na passagem. Engate a 1ª ou 2ª marcha, mantenha a rotação alta de 2000 a 3000 giros e uma velocidade máxima de 15 km/h e passe com cuidado.
OS RISCOS SÃO INÚMEROS
-Primeiro de tudo, existe um ponto tolerável. Se a inundação já tem um nível acima da metade das rodas do carro, recomenda-se não tentar atravessar.
Por que?
Com mais de 30 cm o veículo perde a aderência no solo e flutua a traseira e se houver correnteza o veículo será levado naquele sentido... + surpresa + pânico = apagar o motor
-Há regiões (bacias) em que o nível de água duplica em escassos minutos.
-Tampas de Inspeção com 50 cm de diâmetro abertas e encobertas.
-Crateras formada pelas próprias chuvas, pedaços de árvores ou qualquer lixo trazido pela água, podem estar encobertos e são extremamente perigosos.
É possível analisar alguns riscos através dos postes e de qualquer carro que já esteja na inundação. Assim, não caia na ilusão de que é uma poça rasa, e no final, ser surpreendido por uma mais funda.
O melhor é procurar uma rota alternativa porque, o volume d’água pode danificar o motor, catalisador e outros sistemas. O prejuízo pode ser enorme.
Nunca fique atrás de qualquer outro veículo. Espere todos passarem para você tentar fazer o mesmo. O perigo é que se o motorista da frente não tiver habilidade e o motor dele apagar, por exemplo, consequentemente, vai fazer você parar no meio do alagamento. Se isso acontecer não tire o pé do acelerador e não troque a marcha [Nem pense e colocar a ré :smt021 ] enquanto estiver dentro d’água.
Se o carro parou na travessia arriscada ou você o encontrou inundado, nunca se deve tentar ligar o carro novamente. Ao tentar dar partida, o escapamento pode aspirar água para dentro do motor e isso vai lhe causar problemas.
A água que chega pelo escapamento pode atingir diretamente aos pistões via válvula de escape, afetando tanto o motor como a parte elétrica. A água fria da chuva pode causar um choque térmico com a temperatura elevada do motor do seu veículo (se o bloco for de alumínio), provocando trincas.
Além disso, pode ocorrer calço hidráulico. Contudo o mais comum são as panes elétricas decorrentes da passagem por uma inundação. Os contatos elétricos sempre estão expostos e, enquanto estão molhados, ainda possuem conectividade. Depois de secos é que começam a aparecer problemas que fazem o motor falhar e alguns comandos não funcionarem.
Por isso, logo após enfrentar um temporal, o ideal é dar uma passada em alguma oficina de confiança para fazer um check-up nas partes elétricas e no motor do veículo.
Se o desafio for transponível, a recomendação é esquecer a delicadeza e passar pelos bolsões com segurança. Para o caso de dúvida, não saia de sua zona de conforto. Após a meleca feita, se você tiver um seguro, acione-o, pois a companhia vai tomar as providências cabíveis. Procure também se manter em local seguro, sem se aventurar no alagamento.
CALÇO HIDRÁULICO
Tem motorista que acha que o carro é anfíbio e se atreve a atravessar trechos alagados, durante tempestades. Para esses aventureiros, é importante lembrar que, durante uma travessia dessas, o motor pode aspirar água, provocando um estrago que, com certeza, vai causar um bom desfalque na conta bancária. Saiba como evitar esse fenômeno, chamado calço hidráulico, que também pode ser causado pela falta de alguns cuidados com a manutenção.
Por meio do sistema de captação de ar do motor, a água entra na câmara de combustão e no interior dos cilindros. Quando o pistão tenta subir, encontra a enorme resistência da água, que é pouco compressível. O enorme esforço do pistão provoca o empenamento das bielas, ocasionando calço hidráulico e, consequentemente, o travamento do motor.
No caso do Monza o nariz do sistema de captação e filtragem do ar está ao nível da grade e que numa onda provocada por outro veículo ou por velocidade excessiva poderá inundar o nariz e aí...
Ao transpor área alagada, engate a primeira ou segunda marcha e acelere de 2000 a 3000 giros.
1ª ou 2ª marcha?
A dúvida se dá pelo fato de, ao engatar a primeira marcha, a rotação fica muito elevada e a força de aspiração de ar pelo motor é muito maior e vai facilitar a sucção de água pelo sistema de captação de ar para dentro da câmara e do cilindro. Por outro lado, o volume de gás expelido pelo veículo será suficiente para impedir a entrada de água pelo escapamento. Portanto, adotando a primeira ou a segunda marcha, acelere apenas o suficiente para que a água não entre nem pelo filtro de ar e nem pelo escapamento. Ou seja, acelere, mas não em excesso.
Mas a água também pode entrar pelo escapamento, causando o mesmo problema.
O calço hidráulico pode ainda ser causado por infiltração de água vinda do sistema de refrigeração. Essa infiltração decorre do superaquecimento ou da falta de aditivo no radiador. No primeiro caso, a junta do cabeçote pode ser parcialmente queimada (ou furada pelo efeito galvânico), permitindo que a água entre na câmara de combustão do motor. No segundo caso, a falta de aditivo para inibir a ação da ferrugem no interior do bloco ou a não aplicação do aditivo na proporção adequada, causa corrosões e cavitações, com a perfuração da parede do cilindro (no Monza não há notícias de perfuração do cilindro), facilitando a penetração de água no interior do cilindro e da câmara de combustão.
Se o motorista deixar o motor apagar durante a travessia, a primeira recomendação é não tentar fazer com que ele funcione, nem no tranco e nem na chave, pois há risco de provocar o calço hidráulico, já que o propulsor poderá estar cheio de água. Nesse caso, o motorista deve pôr a alavanca de marchas em ponto morto, empurrar o carro até um local seguro e chamar socorro mecânico.
Mas, se o motorista não quiser esperar ou não conseguir socorro, o que ele (com sorte) poderá fazer é retirar as velas, e girar (somente girar, mas não tentar dar a partida) a chave no contato até que toda a água saia pelos orifícios delas. Quando não sair mais água, ele deve repor as velas e tentar dar a partida. Se o carro não pegar é porque outros componentes, como bobina, sistema de injeção e parte elétrica podem ter sido afetados pela água. Nesse caso, só resta chamar socorro mecânico (que saiba o que estará fazendo).
ALGUNS EFEITOS DIRETOS:
-Alguns câmbios de automóveis têm uma janela perto da embreagem, (O Monza tem a ‘meia-lua e que não é estanque) onde pode entrar água. Segundo especialistas, a embreagem pode chegar a patinar por um tempo, mas depois o sistema seca normalmente.
-Durante travessia de um trecho alagado pode haver perda de aderência da correia auxiliar correia poli-v que pode não tracionar e afetar o funcionamento da direção hidráulica e do motor por conta da tensão do alternador. Mas, geralmente, trata-se de um problema temporário, que se normaliza em poucos minutos.
-Depois de atravessar a enchente, é bom ficar atento aos freios. A água pode encharcar pastilhas e lonas de freio, prejudicando a eficiência da frenagem em um primeiro momento. Por isso, recomenda-se trafegar em baixas velocidades e frear de forma constante o veículo para secar as pastilhas e lonas.
-Após a enchente também orienta-se verificar se a água ficou acumulada em alguma parte do veículo: cantos, contornos de carroceria e afins, pois a água pode provocar corrosão. Se entrar no interior molhando o carpete é mais um caos com a proliferação de bactérias.
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Fontes de Informações disponíveis na WEB
24.12.13
waldir
Em todos os verões, chuvas torrenciais costumam provocar enchentes nas mal estruturadas cidades brasileiras. E, nas cenas assustadoras de alagamentos pela TV, volta e meia aparecem carros boiando em ruas transformadas em rios. Alguns motoristas corajosos até conseguem superar alguns trechos com alagamento sem o carro apagar no meio da água.
A surpresa do temporal, para-brisa acionado na velocidade máxima, um alagamento possivelmente transponível à sua frente e um enorme trânsito pressionando às costas, para fugir daquela região... É a chance de mostrar habilidade no trânsito e tentar ultrapassar com segurança: desligue o ar condicionado para que o carro não perca potência na passagem. Engate a 1ª ou 2ª marcha, mantenha a rotação alta de 2000 a 3000 giros e uma velocidade máxima de 15 km/h e passe com cuidado.
OS RISCOS SÃO INÚMEROS
-Primeiro de tudo, existe um ponto tolerável. Se a inundação já tem um nível acima da metade das rodas do carro, recomenda-se não tentar atravessar.
Por que?
Com mais de 30 cm o veículo perde a aderência no solo e flutua a traseira e se houver correnteza o veículo será levado naquele sentido... + surpresa + pânico = apagar o motor
-Há regiões (bacias) em que o nível de água duplica em escassos minutos.
-Tampas de Inspeção com 50 cm de diâmetro abertas e encobertas.
-Crateras formada pelas próprias chuvas, pedaços de árvores ou qualquer lixo trazido pela água, podem estar encobertos e são extremamente perigosos.
É possível analisar alguns riscos através dos postes e de qualquer carro que já esteja na inundação. Assim, não caia na ilusão de que é uma poça rasa, e no final, ser surpreendido por uma mais funda.
O melhor é procurar uma rota alternativa porque, o volume d’água pode danificar o motor, catalisador e outros sistemas. O prejuízo pode ser enorme.
Nunca fique atrás de qualquer outro veículo. Espere todos passarem para você tentar fazer o mesmo. O perigo é que se o motorista da frente não tiver habilidade e o motor dele apagar, por exemplo, consequentemente, vai fazer você parar no meio do alagamento. Se isso acontecer não tire o pé do acelerador e não troque a marcha [Nem pense e colocar a ré :smt021 ] enquanto estiver dentro d’água.
Se o carro parou na travessia arriscada ou você o encontrou inundado, nunca se deve tentar ligar o carro novamente. Ao tentar dar partida, o escapamento pode aspirar água para dentro do motor e isso vai lhe causar problemas.
A água que chega pelo escapamento pode atingir diretamente aos pistões via válvula de escape, afetando tanto o motor como a parte elétrica. A água fria da chuva pode causar um choque térmico com a temperatura elevada do motor do seu veículo (se o bloco for de alumínio), provocando trincas.
Além disso, pode ocorrer calço hidráulico. Contudo o mais comum são as panes elétricas decorrentes da passagem por uma inundação. Os contatos elétricos sempre estão expostos e, enquanto estão molhados, ainda possuem conectividade. Depois de secos é que começam a aparecer problemas que fazem o motor falhar e alguns comandos não funcionarem.
Por isso, logo após enfrentar um temporal, o ideal é dar uma passada em alguma oficina de confiança para fazer um check-up nas partes elétricas e no motor do veículo.
Se o desafio for transponível, a recomendação é esquecer a delicadeza e passar pelos bolsões com segurança. Para o caso de dúvida, não saia de sua zona de conforto. Após a meleca feita, se você tiver um seguro, acione-o, pois a companhia vai tomar as providências cabíveis. Procure também se manter em local seguro, sem se aventurar no alagamento.
CALÇO HIDRÁULICO
Tem motorista que acha que o carro é anfíbio e se atreve a atravessar trechos alagados, durante tempestades. Para esses aventureiros, é importante lembrar que, durante uma travessia dessas, o motor pode aspirar água, provocando um estrago que, com certeza, vai causar um bom desfalque na conta bancária. Saiba como evitar esse fenômeno, chamado calço hidráulico, que também pode ser causado pela falta de alguns cuidados com a manutenção.
Por meio do sistema de captação de ar do motor, a água entra na câmara de combustão e no interior dos cilindros. Quando o pistão tenta subir, encontra a enorme resistência da água, que é pouco compressível. O enorme esforço do pistão provoca o empenamento das bielas, ocasionando calço hidráulico e, consequentemente, o travamento do motor.
No caso do Monza o nariz do sistema de captação e filtragem do ar está ao nível da grade e que numa onda provocada por outro veículo ou por velocidade excessiva poderá inundar o nariz e aí...
Ao transpor área alagada, engate a primeira ou segunda marcha e acelere de 2000 a 3000 giros.
1ª ou 2ª marcha?
A dúvida se dá pelo fato de, ao engatar a primeira marcha, a rotação fica muito elevada e a força de aspiração de ar pelo motor é muito maior e vai facilitar a sucção de água pelo sistema de captação de ar para dentro da câmara e do cilindro. Por outro lado, o volume de gás expelido pelo veículo será suficiente para impedir a entrada de água pelo escapamento. Portanto, adotando a primeira ou a segunda marcha, acelere apenas o suficiente para que a água não entre nem pelo filtro de ar e nem pelo escapamento. Ou seja, acelere, mas não em excesso.
Mas a água também pode entrar pelo escapamento, causando o mesmo problema.
O calço hidráulico pode ainda ser causado por infiltração de água vinda do sistema de refrigeração. Essa infiltração decorre do superaquecimento ou da falta de aditivo no radiador. No primeiro caso, a junta do cabeçote pode ser parcialmente queimada (ou furada pelo efeito galvânico), permitindo que a água entre na câmara de combustão do motor. No segundo caso, a falta de aditivo para inibir a ação da ferrugem no interior do bloco ou a não aplicação do aditivo na proporção adequada, causa corrosões e cavitações, com a perfuração da parede do cilindro (no Monza não há notícias de perfuração do cilindro), facilitando a penetração de água no interior do cilindro e da câmara de combustão.
Se o motorista deixar o motor apagar durante a travessia, a primeira recomendação é não tentar fazer com que ele funcione, nem no tranco e nem na chave, pois há risco de provocar o calço hidráulico, já que o propulsor poderá estar cheio de água. Nesse caso, o motorista deve pôr a alavanca de marchas em ponto morto, empurrar o carro até um local seguro e chamar socorro mecânico.
Mas, se o motorista não quiser esperar ou não conseguir socorro, o que ele (com sorte) poderá fazer é retirar as velas, e girar (somente girar, mas não tentar dar a partida) a chave no contato até que toda a água saia pelos orifícios delas. Quando não sair mais água, ele deve repor as velas e tentar dar a partida. Se o carro não pegar é porque outros componentes, como bobina, sistema de injeção e parte elétrica podem ter sido afetados pela água. Nesse caso, só resta chamar socorro mecânico (que saiba o que estará fazendo).
ALGUNS EFEITOS DIRETOS:
-Alguns câmbios de automóveis têm uma janela perto da embreagem, (O Monza tem a ‘meia-lua e que não é estanque) onde pode entrar água. Segundo especialistas, a embreagem pode chegar a patinar por um tempo, mas depois o sistema seca normalmente.
-Durante travessia de um trecho alagado pode haver perda de aderência da correia auxiliar correia poli-v que pode não tracionar e afetar o funcionamento da direção hidráulica e do motor por conta da tensão do alternador. Mas, geralmente, trata-se de um problema temporário, que se normaliza em poucos minutos.
-Depois de atravessar a enchente, é bom ficar atento aos freios. A água pode encharcar pastilhas e lonas de freio, prejudicando a eficiência da frenagem em um primeiro momento. Por isso, recomenda-se trafegar em baixas velocidades e frear de forma constante o veículo para secar as pastilhas e lonas.
-Após a enchente também orienta-se verificar se a água ficou acumulada em alguma parte do veículo: cantos, contornos de carroceria e afins, pois a água pode provocar corrosão. Se entrar no interior molhando o carpete é mais um caos com a proliferação de bactérias.
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Fontes de Informações disponíveis na WEB
24.12.13
waldir