Conversão de combustível

[mello3]

Isso vai gerar uma discussão danada, mas vamos lá mesmo assim.

Fico chocado ao ver a quantidade de conversões de combustível do tipo gasolina -> álcool ou mesmo gasolina -> "flex", feitas de maneira totalmente indiscriminada e descriteriosa.

Não é frentista quem "converte" carro. Existem muitos fatores envolvidos.

A pessoa compra um carro a gasolina (que é mais caro que o carro a álcool original), leva em algum "mecânico" xingue-lingue e, como num passe de mágica, o carro está "convertido". Passa a abastecer álcool, o carro consome mais e não responde como deveria; mas como existe o fator psicológico, a pessoa acha que fez um bom negócio e acaba se adaptando à deficiência do seu novo carro, agora "convertido".

Quero lembrar que não estou criticando quem faz a conversão de forma criteriosa. Só não gosto do que está acontecendo ultimamente. De repente, todos os carros mais antigos estão virando "flex".

Pronto, falei. Agora que venham as pedras....hehehe

[José Leal]

Pronto, falei. Agora que venham as pedras....hehehe

Então segura, que lá vai um tijolo

Realmente existem conversões "nas coxas" e conversões "criteriosas". Na conversão nas coxas, chegam ao ponto de colocar um resistor no sensor de temperatura do motor, só para a central de IE "achar" que o carro está frio, e injetar mais gasolina, ou então aumentar a pressão de combustível, amassando ou até colocando uma arruela no regulador de pressão. Daí o camarada que faz um serviço desses, acha que tá ganhando muita grana, e na verdade tá ... o carro e o dono do carro, que pagou relativamente barato (na idéia dele) para ter o carro convertido.

Se for para transformar o carro em "flex", tem os kits conversores, que são módulos auxiliares à IE. Esses já são "um pouco" mais criteriosos, pois usam o mapeamento original da IE, só aumentando o tempo de injeção. Ou então os chips de IE, mas esses só convertem o carro para álcool.

Tem tb aquela conversão mais elaborada, onde o camarada abre o motor, troca os pistões, bico injetor... Essa até que muitos aqui recomendam, mas como o nosso motor muda somente os pistões do álcool para gasolina, acho sim bem válida. Um dia pretendo fazer isso no meu carro. Aí ele seria um álcool "original".

Sobre a economia de combustível, é muito relativo. O que o camarada economiza no álcool, vai gastar em peças que fatalmente vão dar problema em um carro originalmente gasolina. Mas enquanto as peças não estragam, é só ver a frequência que o camarada vai ao posto e o quanto ele vai deixar para o frentista.

Como disse alí em cima, como os nossos motores são fáceis de serem convertidos, e não apresentam problemas, é uma opção bem válida.

Até mais.