MILITEC 1

Sobre o motor e suas partes internas (pistões, bielas, válvulas, etc).
JuniorXudo
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Re: MILITEC 1

Mensagem não lida por JuniorXudo »

Mas pelo que sei é o seguinte Mello...

Quando ele esta parado, ele fica no 0w, 15w... Quando ele começa a girar ele fica na segunda viscosidade, ou seja, 40,50... Ele é um óleo multiviscoso, então quando o motor ta quente, ele ja esta mais grosso. Sendo o 0w-20 o motor já na temperatura que a ventoinha liga, ele estaria com SAE 20, quase que o ideal para o motor frio no nosso clima, como o 15w-50 ou o 20w-50...

Acho que não consegui explicar muito bem, mas a ideia é mais ou menos isso...

Obs: Se estiver errado pode xingar shaushaau

Abraço.

Junior
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rogertecmec
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Re: MILITEC 1

Mensagem não lida por rogertecmec »

Em cada vasilhame de óleo para motor são fornecidas três diferentes informações:

* a classificação de serviço API
* o grau de viscosidade
* indicador "Conservador de Energia" (se ele é ou não é)

A classificação de serviço API (sigla em inglês de Instituto Americano do Petróleo) é uma classificação de duas letras que informa o tipo de motor para o qual o óleo se destina (gasolina ou diesel) e o nível de qualidade.

O grau de viscosidade (por exemplo, 5W-30) informa a espessura, ou viscosidade do óleo. Um óleo fino possui um número mais baixo e flui mais facilmente, enquanto óleos grossos possuem um número maior e são mais resistentes ao fluxo. A água possui uma viscosidade bem baixa - ela é fina e flui facilmente. O mel possui uma viscosidade bem alta - ele é grosso e pegajoso.

A unidade padrão usada para medir a viscosidade é o centistoke (cSt). De acordo com o Glossário de Termos Automotivos e de Lubrificantes Industriais:

Viscosidade é normalmente expressa em termos de quanto tempo uma quantidade padrão do fluido a uma certa temperatura leva para fluir através de um orifício padrão. Quanto maior o valor, mais viscoso o fluido. Como a viscosidade varia inversamente à temperatura, o seu valor não tem significado algum a não ser que seja acompanhado pela temperatura na qual ela é determinada. Com óleos do petróleo, a viscosidade é normalmente informada em centistokes (cSt), medida a 40ºC ou 100ºC (Método D445 - Viscosidade Cinemática da American Society for Testing and Materials ASTM).

A classificação em centistoke é convertida para a designação de viscosidade SAE disposta em forma de tabela.

Os óleos multiviscosos (como 10W-30) são uma nova invenção, resultado da adição de polímeros ao óleo. Os polímeros permitem ao óleo possuir viscosidades diferentes em temperaturas diferentes. O primeiro número indica a viscosidade do óleo em uma temperatura baixa, como no motor na hora da partida e o segundo indica a viscosidade à temperatura operacional. Segue abaixo uma descrição interessante sobre o funcionamento dos polímeros.

Em temperaturas frias, os polímeros ficam inertes e permitem que o óleo flua como indicam os seus baixos números. À medida que o óleo se aquece, os polímeros começam a se desdobrar em longas cadeias que impedem o óleo de afinar tanto, como normalmente aconteceria. O resultado é que a 100o C o óleo afinou apenas para o valor indicado pelo número mais alto de viscosidade. Uma outra forma de ver os óleos multiviscosos é pensar em 20W-50 como um óleo 20 que não se afinará mais do que um 50 quando aquecido.
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Re: MILITEC 1

Mensagem não lida por mello3 »

Roger, essa parte eu já tinha entendido.

O que não entendo é dizer que óleo mais fino é pior "para nosso clima".

Pela lógica, a temperatura operacional é a mesma aqui ou na gelolândia.

Se lá os motores trabalhassem a 20°C quando "quentes", nem iam precisar de sistema de arrefecimento.
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Re: MILITEC 1

Mensagem não lida por rogertecmec »

mello3 escreveu:Roger, essa parte eu já tinha entendido.

O que não entendo é dizer que óleo mais fino é pior "para nosso clima".

Pela lógica, a temperatura operacional é a mesma aqui ou na gelolândia.

Se lá os motores trabalhassem a 20°C quando "quentes", nem iam precisar de sistema de arrefecimento.
O problema é que quando o motor estiver quente o óleo vai se comportar com viscosidade 20 por exemplo, o que é uma viscosidade muita baixa pro nosso clima tropical. Isso vai fazer com o óleo lubrificante nâo cumpra uma de suas funções que é a de refrigerar o motor, pois ele vai estar fino de mais. Estando fino demais e o motor mais quente vai haver rompimento do filme de óleo que fica em partes vitais do motor como virabrequim. Havendo rompimento da película lubrificante, deixa de existir lubrificação e passa a existir atrito metal com metal, comprometendo a durabilidade do motor.
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Re: MILITEC 1

Mensagem não lida por mello3 »

rogertecmec escreveu:O problema é que quando o motor estiver quente o óleo vai se comportar com viscosidade 20 por exemplo, o que é uma viscosidade muita baixa pro nosso clima tropical. Isso vai fazer com o óleo lubrificante nâo cumpra uma de suas funções que é a de refrigerar o motor, pois ele vai estar fino de mais. Estando fino demais e o motor mais quente vai haver rompimento do filme de óleo que fica em partes vitais do motor como virabrequim. Havendo rompimento da película lubrificante, deixa de existir lubrificação e passa a existir atrito metal com metal, comprometendo a durabilidade do motor.
Quanto a refrigeração do motor, eu acho que quanto mais grosso, maior a dificuldade de absorção/transmissão térmica. Mais vai demorar para o óleo absorver o calor e transmitir ele ao cárter. Tome por exemplo o óleo de cozinha (como o mais fino) e o pixe (chegando ao estado sólido quando frio). Veja o tempo que leva para aquecer e resfriar ambos.

Só estou usando a lógica aqui. Não consigo simplesmente aceitar algo, sem ter uma justificativa. Não consigo aceitar o "é porque é e pronto".
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Re: MILITEC 1

Mensagem não lida por rogertecmec »

mello3 escreveu: Quanto a refrigeração do motor, eu acho que quanto mais grosso, maior a dificuldade de absorção/transmissão térmica. Mais vai demorar para o óleo absorver o calor e transmitir ele ao cárter. Tome por exemplo o óleo de cozinha (como o mais fino) e o pixe (chegando ao estado sólido quando frio). Veja o tempo que leva para aquecer e resfriar ambos.

Só estou usando a lógica aqui. Não consigo simplesmente aceitar algo, sem ter uma justificativa. Não consigo aceitar o "é porque é e pronto".
No caso de motores a combustão interna a viscosidade influencia sim, e é justamente ao contrário. Se for fino, vai refrigerar pouco (por isso do uso do óleo "fino" no inverno) e se for "grosso" vai refrigerar mais. Sem contar que quando o óleo é aquecido ele acaba perdendo a caracteristica de formação de película. Por isso, se ele for "fino" vai deixar de formar película mais cedo do que um óleo mais "grosso". Tome por exemplo a Nissan, ela usa aqui no Brasil (principalmente na regiâo Sul do Brasil) o óleo da Motul com viscosidade 0W40.
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José Leal
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Re: MILITEC 1

Mensagem não lida por José Leal »

Mello, comparando o nosso clima com o europeu:

Lembra-se dos 1ºs Marea que vieram com um erro no manual de uso, e isso favorecia a formação de borra? Pois é, isso acontecia pq no clima europeu, o motor trocava calor com o ambiente muito mais facilmente do que aqui no Brasil. Quando digo troca de calor, não é pelo radiador, e sim pelo bloco/carter do motor com o ar atmosférico.

Vc pode reparar: a noite ou em tempo frio, a temperatura custa a chegar na faixa ideal, mesmo com a VT em ordem. Significa que o ar atmosférico está conseguindo refrigerar o motor.

No meu carro, andando a noite, a temperatura fica por volta dos 80°C.

Usando um óleo **W20 aqui no Brasil, acredito que o motor fica tão quente que o óleo não resiste e quebra suas moléculas...
Hoje ando de Escort SW e tenho um filho maravilhoso!
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