Fábrica da GM deve ser em SC e ter 500 empregados
Wagner Oliveira, Julio Ottoboni e Juliana Wilke
Gazeta Mercantil
A nova fábrica de motores da General Motors do Brasil deverá ser construída em Santa Catarina. O governo catarinense participou nos últimos 30 dias de reuniões fechadas com representantes da empresa, que avaliaram terrenos nas cidades de Joinville e Araquari, onde está o pólo metalmecânico e de autopeças.
O governo estadual apresentou à GM os programas de incentivos fiscais para atração de empresas. Alexandre Fernandes, secretário de Assuntos Estratégicos, disse que a montadora pretende investir R$ 300 milhões na nova fábrica e gerar 500 empregos diretos.
Em paralelo, os funcionários de São José dos Campos (SP), preocupados com a possibilidade de a companhia encerrar a produção na cidade, entregaram um abaixo-assinado ao vice-presidente da GM, José Carlos Pinheiro Neto, pedindo a reavaliação por parte da empresa da transferência de 600 novos empregos para outras fábricas. A unidade produziu ao longo dos últimos 50 anos 14 milhões de motores e 5 milhões de transmissões.
A fábrica ganhou inovações ao longo do tempo, assim como a linha de motores, que ficaram menores, mais leves e econômicos. Um motor 1.0 atualmente, o VHC flexpower, tem quase a mesma potência que um motor 2.5 litros que equipava o Opala em 1969, primeiro automóvel produzido pela GM do Brasil. O VHC alcança hoje 79 cavalos contra 80 do cupê de quase 40 anos atrás. A divisão brasileira também virou referência na corporação.
Há cerca de dois anos, a GM terceirizou a fundição na fábrica de São José dos Campos. É essa é uma das razoes pela qual a empresa deve construir uma fábrica de montagem de motores em Santa Catarina. "Entendo que a GM deve fazer uma diversificação em suas unidades produtivas no Brasil", afirmou Pinheiro Neto. "O projeto para o Sul do Brasil é grande e envolverá muitos empregos."
São José dos Campos foi responsável pela fabricação de 1,5 milhão de motores e câmbios no ano passado. Um milhão dessas unidades foi consumida pela GM. O restante foi exportado ou repassado à Fiat, que tem contrato de fornecimento com a GM até 2010. Se o mercado continuar em expansão até lá, dificilmente a GM vai renovar o contrato com a montadora italiana.
O gargalo na produção de motores faz a GM perder e atrasar vendas, o que reflete na sua competitividade, ainda que o Brasil tenha sido o mais importante da região LAAM da empresa - responsável por US$ 1,3 bilhão de lucro em 2007 - o modelo Prisma leva até 90 dias para ser entregue porque a montadora não consegue dar conta da produção , principalmente de cabeçotes.
A montadora chegou a negociar a compra da Tritec no Paraná, mas desistiu porque não chegou a um entendimento com o governo estadual em razão de passivos tributários. Pinheiro Neto afirmou que a montadora negocia incentivos fiscais no Sul. Ele não diz que é Santa Catarina, mas é quase certo que a fábrica será instalada naquele estado.
Outro exemplo de descentralização que a GM procura é a instalação de um centro em Recife para receber carros que entram por Suape. O porto começará a funcionar em junho, com carros que a GM trará de vários mercados, entre eles Argentina e México.
A GM estuda agora em qual de suas duas unidades vai ampliar a produção depois que São José dos Campos perdeu a indicação. Pode ser São Caetano do Sul (SP), Gravataí (RS) ou Rosário, na Argentina. As autoridades de São José dos Campos tentaram reverter, mas a GM foi enfática na decisão de não ampliar a produção no município. Entre as propostas feitas pela montadora, havia a contratação de 600 funcionários por prazo determinado - pelo menos até o final do ano - com uma grade salarial inferior aos que fossem admitidos.
Fábrica da GM em SC
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Re: Fábrica da GM em SC
O fodão é que tudo quanto é empresa que pensa em fazer alguma coisa no estado pensa primeiro em Jlle. É praticamente um monopólio. Lembrando que o nosso governador foi várias vezes prefeito e vereador pela região. Jlle já tá muito bem servida de indústrias, deveriam pensar um pouco em outras regiões, mais necessitadas e com mão de obra de sobra. Pra mim e prum monte de gente (90%) essa fábrica não muda nada em nossas vidas. Prefiro que não venha.

#MONZA GLS 1996#
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